terça-feira, 30 de abril de 2013

3º PRIMEIRO DE MAIO



3º primeiro de maio popular – APITAÇO

Não a todas as formas de exploração Invantil, Gritaremos!

Concentração: 7: 30 em frente do ginásio da avenida  Sol nascente no Jardim Nova Esperança;

Recepcionaremos os adolescentes e crianças de outras comunidades.

Caminharemos até a Praça da Paz, fazendo nosso apitaço;
Seguiremos para o terminal Recanto do Bosque, onde faremos a mesma manifestação e ainda, caminharemos rumo ao Jardim Curitiba III, até a praça próxima da escola Nossa Senhora da Terra.

Observação: Traga muita animação, água e lanche.

Contamos com a presença de todos.

Organização:

MAC: Movimento de Adolescentes e Crianças – Região Noroeste de Goiânia

sábado, 27 de abril de 2013

SEMENTES DE SUICÍDIO



                                                                                    Vandana Shiva
 
A Monsanto é uma empresa agrícola. Aplicamos a inovação e a tecnologia para ajudar os agricultores de todo o mundo a produzir mais conservando mais”
“Produzir mais e conservar mais melhorando a vida dos agricultores”


Essas são as promessas que encontramos no site Web da Monsanto Índia, acompanhadas por fotografias de sorridentes e prósperos agricultores do estado de Marahashtra. Trata-se de uma tentativa desesperada da Monsanto e da sua maquinaria de relações públicas para desvincular a epidemia de suicídios de agricultores hindus do crescente controle que a empresa exerce sobre o fornecimento de sementes de algodão (atualmente a Monsanto controla 95% das sementes de algodão da Índia). O controle das sementes é o primeiro elo da cadeia alimentar, já que as sementes são a fonte da vida. Quando uma empresa controla as sementes, controla a vida, especialmente a vida dos agricultores.
O concentrado controle que a Monsanto exerce sobre as sementes, tanto na  Índia como em todo o mundo é um fato altamente preocupante, e o que conecta entre si os suicídios dos agricultores na Índia, os julgamentos “Monsanto versus Percy Shmeiser” no Canadá e “Monsanto versus Bowman”, nos EUA, e a ação no valor de 2,2 bilhões de dólares, interposta contra a Monsanto por agricultores brasileiros pela injusta cobrança de royalities.
Graças às suas patentes de sementes, a Monsanto se transformou no “Senhor da Vida” em nosso planeta, auferindo receitas no conceito de renovação da vida dos agricultores, os criadores originais.
As patentes das sementes são ilegítimas porque introduzir um gene tóxico em uma célula vegetal não é “criar” ou “inventar” uma planta. As sementes da Monsanto são sementes de mentira: a mentira de dizer que a Monsanto é criadora de sementes e de vida, a mentira de que, enquanto a Monsanto processa os agricultores e os asfixia em dívidas, pretende nos fazer crer que trabalha em prol de seu bem-estar, e mentira de que os OGM (organismos geneticamente modificados) estão alimentando o mundo. Os OGM não estão conseguindo controlar as pragas e as ervas daninhas, e em troca tem provocado o surgimento de super pragas e super-ervas daninhas.
A entrada da Monsanto na área hindu de sementes foi possível  graças a uma política de sementes imposta em 1988 pelo Banco Mundial, que obrigou o governo da Índia a desregulamentar o setor. Cinco coisas mudaram com a entrada da Monsanto: em primeiro lugar, as empresas hindus ficaram presas em joint-ventures e acordos de concessão de licenças. Em segundo lugar, as sementes, que tinham se constituído no recurso comum dos agricultores se transformaram em “propriedade intelectual” da Monsanto, que começou a cobrar royalities por elas, fazendo com que seu custo aumentasse. Em terceiro lugar, as sementes de algodão de polinização aberta foram substituídas pelas sementes híbridas, incluídas as híbridas transgênicas. Dessa forma, um recurso renovável transformou-se num produto patenteado não renovável. Em quarto lugar, o algodão, que até então tinha sido cultivado em combinação com outros cultivos alimentares, agora tinha que ser plantado em regime de monocultura, o que implicava em maior vulnerabilidade diante das pragas, doenças, secas e más colheitas. Em quinto lugar, a Monsanto começou a subverter os processos de regulação na Índia e, de fato, começou a usar recursos públicos para incentivar seus híbridos não renováveis e seus transgênicos através das chamadas associações público-privadas (PPP-Public-Private Partnerships).
Em 1995, a Monsanto apresentou na Índia sua tecnologia Bt, através de uma joint-venture com a companhia hindu Mahico. Em 1997-98, a Monsanto começou a fazer ensaios ilegalmente sobre o terreno com seu algodão transgênico Bt, e anunciou que no ano seguinte iniciaria a venda comercial de sementes. Desde 1989, a Índia conta com uma normativa para regular os cultivos transgênicos no quadro da Lei de Proteção ao Meio Ambiente. Para realizar pesquisas com cultivos transgênicos é necessário obter a correspondente autorização do Comitê de Aprovação de Engenharia Genética, dependente do Ministério do Meio Ambiente. A Fundação de Investigação para a Ciência, Tecnologia e Ecologia processou a Monsanto diante do Tribunal Supremo da Índia, e a Monsanto não pôde começar a comercializar suas sementes de algodão Bt até 2002.
Após o relatório condenatório do Comitê Parlamentar da Índia sobre Cultivos Bt de agosto de 2012, o painel de técnicos especialistas nomeados pela Corte Suprema recomendou uma moratória de 10 anos para os experimentos sobre o terreno de qualquer cultivo transgênico, assim como a interrupção de todas as pesquisas em andamento.
Contudo, já então a agricultura da Índia tinha se transformado.
O monopólio da Monsanto sobre as sementes, a destruição das alternativas, a obtenção de super-lucros no conceito dos royalities e a crescente vulnerabilidade das monoculturas criaram um contexto que propicia o crescimento das dívidas, dos suicídios e a angústia agrícola que alimenta a epidemia de suicídios dos camponeses hindus. O controle sistêmico se intensificou com o algodão Bt, por isso a maioria dos suicídios ocorre na cultura algodoeira.
Uma assessoria interna do Ministério da Agricultura da Índia de janeiro de 2012 informou o seguinte aos estados hindus produtores de algodão: “Os produtores de algodão atravessam uma profunda crise desde que fizeram a opção pelo algodão Bt. A onda de suicídios de agricultores em 2011-2012 foi particularmente severa entre os produtores de algodão Bt”.   
O estado hindu com maior superfície dedicada ao cultivo de algodão Bt é Maharashta, que é também onde os suicídios de agricultores são mais numerosos. Os suicídios aumentaram depois da introdução do algodão Bt: a arrecadação de royalities por parte da Monsanto e o elevado custo das sementes e dos produtos químicos afogaram os camponeses em dívidas. Segundo dados do governo da Índia, quase 75% da dívida rural provém da compra de insumos. À medida  que crescem os lucros da Monsanto, cresce também a dívida dos agricultores. É nesse sentido que as sementes da Monsanto são sementes do suicídio. 
O ponto crucial das sementes do suicídio é constituído pela tecnologia que a Monsanto patenteou para criar sementes estéreis (chamada de “Tecnologia Terminator” pelos meios de comunicação, a tecnologia das sementes estéreis é um tipo de Tecnologia de Uso Restritivo de Genes [Gene Use Restriction Technology – GRUT], em virtude da qual a semente produzida em um cultivo não pode reproduzir-se: as colheitas não produzem sementes viáveis, ou produzem sementes viáveis com genes específicos apagados]. O Convênio sobre Diversidade Biológica proibiu seu uso. Se esse uso não tivesse sido proibido, a Monsanto teria obtido lucros ainda maiores com suas sementes.
O discurso da Monsanto sobre “tecnologia” trata de esconder que seu verdadeiro objetivo é o controle das sementes e que a engenharia genética é simplesmente um instrumento para controlar sementes e alimentos através de patentes e direitos de propriedade intelectual.
No acordo da OMC sobre   Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados com o Comércio, um representante da Monsanto admitiu que eles são, “simultaneamente a pessoa que diagnostica o paciente e seu médico”, quando redigem suas patentes sobre formas de vida que vão desde microorganismos até plantas. Impedir que os agricultores guardem sementes e que as utilizem de forma soberana era seu objetivo principal. Atualmente, a Monsanto está ampliando suas patentes para as sementes melhoradas convencionalmente, como são os casos do brócolis, da pimenta e do trigo com baixo teor de glúten que ela tinha pirateado da Índia, e que denunciamos diante do Escritório Europeu de Patentes como um caso de biopirataria.
Por isso, colocamos em andamento Fibres for Freedom (Fibras da Liberdade) no coração do cinturão suicida do algodão Bt da Monsanto em Vidharba. Criamos bancos comunitários de sementes autóctones e ajudamos aos agricultores para que passem para a agricultura orgânica. Sem sementes transgênicas não há dividas nem suicídios.
 A  autora é diretora executiva da Fundacão Navdanya
 Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=166578&titular=semillas-de-suicidio-
 www.asianage.com
 Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti


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PROJETOS AMEAÇAM 152 TERRAS INDÍGENAS

Veja que absurdo!!!! Até quando vamos continuar calados diante dessa realidade de EXTERMÍNIO das nossas TERRAS?
Por De São Paulo
Existem 152 terras indígenas na Amazônia potencialmente ameaçadas por projetos de mineração. Todos os processos minerários em terras indígenas estão suspensos, mas, se fossem liberados, cobririam 37,6% das áreas. O diagnóstico faz parte de um estudo do Instituto Socioambiental (ISA) e mostra a pressão que os índios sofreriam se suas terras fossem abertas à exploração, como pode ocorrer no segundo semestre, com a tramitação no Congresso do polêmico projeto de lei 1.610, que pode ser votado no segundo semestre deste ano.
Pela Constituição de 1988, o Estado é dono do subsolo e pode haver mineração em terras indígenas, desde que exista uma regra específica sobre o assunto, o que ainda não acontece. "Na prática, a mineração em terras indígenas foi bloqueada", explica Vale. É esse debate que o projeto de lei ameaça reabrir.
"Entendemos que, para o Brasil, seria muito mais importante garantir que as terras indígenas sejam usinas de prestação de serviços ambientais do que espaços de escavação para recursos finitos", diz o advogado do ISA. "Mineração em terra indígena, se acontecesse, teria que ser um fato excepcional."
Desde antes de 1988, o ISA monitora a ameaça da mineração às terras indígenas e subsidiou os constituintes com o primeiro mapa sobre o assunto. O "Mineração em Terras Indígenas na Amazônia Brasileira" é a quarta edição deste trabalho, que exibe o nome das empresas requerentes, o tipo de minério, a extensão da área e a quantidade de processos nas terras indígenas. Há 379 empresas envolvidas, diz Alicia Rolla, uma das coordenadoras do novo relatório do ISA.
Em outro estudo divulgado esta semana - "Terras Indígenas na Mata Atlântica: Pressões e Ameaças", o diagnóstico é feito em nove terras indígenas do Estado de São Paulo. "Um dos objetos do estudo era avaliar a situação das terras indígenas na Mata Atlântica, algo muito pouco conhecido, especialmente em São Paulo", diz Lúcia Mendonça Morato de Andrade, coordenadora do estudo organizado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo, organização não governamental que existe desde 1979.
"Na Amazônia, grande parte das terras indígenas já foi demarcada, aqui não", diz Lúcia. "A pressão é muito grande, são regiões muito ocupadas, onde há uma disputa enorme, além do impacto com estradas, gasodutos e ferrovias." (DC)
"Preconceito contra os índios ainda continua vivo"
Entrevista com Marta Azevedo, presidenta da FUNAI
Existem 4.220 processos minerários relacionados às 152 terras indígenas, sendo 104 titulados - ou seja, com autorização de pesquisa, ou lavra, concedida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os outros são 4.116 interesses minerários em terras indígenas, ou seja, pedidos de pesquisa e lavra. "Se fossem abertas à mineração, algumas terras indígenas teriam 96% de seu território coberto pela exploração", diz o advogado Raul Silva Telles do Vale, do ISA.

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

ENTREVISTA COM MARCIEL COVER

Este ano, a Juventude é a bola da vez


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O ano de 2013 é o ano das mobilizações da Juventude, afirmou Maciel Cover, assessor da Pastoral da Juventude Rural (PJR), durante participação no programa Construindo Solidariedade e Cidadania, uma produção da Cáritas Arquidiocesana de Brasília. O programa é veiculado todas as quintas-feiras, às 13h30, na Rádio Nova Aliança. Para ouvir a entrevista clique aqui
CONTINUAÇÃO DA ENTREVISTA NA PÁGINA DA PJR:
 http://www.pjr.org.br


sábado, 13 de abril de 2013

AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CAMPOS BELOS



VEREADORES não participam da AUDIÊNCIA PÚBLICA em Campos Belos realizada ontem dia 12 de abril de 2013, apenas o Presidente da Câmera Márcio Valente se justificou por escrito sua ausência dizendo que estava no Tribunal de Contas a trabalho da casa. MOMENTO importante para a ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA como espaço democrático direto, voluntária, universal, onde a população pode discutir e decidir sobre o orçamento e as políticas públicas.

Esta audiência teve foco na discussão:
1º Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014 – LDO.
·        Metas e prioridades do município onde quem estava presente representando a sua rua ou bairro, associações, sindicatos entre outros puderam contribuí;
·        Alterações na legislação tributária;
·        Mudança na politica salarial, de pessoal ou nos critérios para reajustes salariais e contratação de novos funcionários por concurso.
2º Receitas Públicas.
·        Receitas locais (IPTU, ISSQN, ITBI, TAXAS, OUTRAS);
·        Transferências de outros governos (FPM, ICMS, ITR, IPI, IPVA, OUTROS);
·        Receitas de Convênios (Educação, Saúde, Transporte, Infraestrutura, outros);
·        Receitas Vinculadas (FUNDEB, PSF, PETI, PAB).
O QUE VAI SER DESTA POPULAÇÃO se nem os representantes no Poder Legislativos não participam no planejamento das prioridades do município???
O que se justificam os nobres VEREADORES que ganharam a confiança nas eleições?

Vale apena aqui relembrá-los de forma bem simples sobre o PAPEL DO VEREADOR:

“A Câmara de Vereadores exerce a função do Poder Legislativo na esfera municipal. Onde as atribuições do vereador é diagnosticar a realidade da comunidade, apontar os problemas dessa comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes na solução dos mesmos. E também é função do vereador fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal, do próprio Legislativo e os atos do Poder Executivo (Prefeito), denunciando o que estiver ilegal ou imoral à população e aos órgãos competentes. Sendo assim, o vereador é o fiscal do dinheiro público, é responsável pela garantia dos direitos dos cidadãos e cidadãs. Outra importante atribuição a um vereador é a elaboração da Lei Orgânica do Município. Esse documento consiste numa espécie de Constituição Municipal, na qual há um conjunto de medidas para proporcionar melhorias para a população local. O prefeito, sob fiscalização da Câmara de Vereadores, deve cumprir a Lei Orgânica”.

VEREADORES DE CAMPOS BELOS, LEMBRE-SE QUE VOCÊS FORAM ELEITOS E GANHAM SALÁRIOS PARA TRABALHAR COM/PELO POVO, NÃO NOS DECEPCIONEM!!!!

Profº Josivaldo Moreira de Carvalho