Vejam como foi o Grito em Goiânia com a redação de Pedro Ferreira Educador da Recid Goiás.
Ao
contrário de milhares de brasileiros que resolveram relaxar no feriado
prolongado ou de outros tantos que foram ver o desfile oficial,
militantes dos movimentos populares, pastorais sociais entre outras
organizações da classe trabalhadora brasileira saíram as ruas para
protestar e lutar contra essa realidade cada dia mais cruel que usurpa
os direitos da classe trabalhadora e criminaliza a luta do movimento
popular.
Em
Goiânia logo cedo milhares de militantes populares se concentraram em
frente a assembleia legislativa de Goiás, onde com uma grande ciranda
iniciamos o nosso ato. Com bandeiras, faixas, cartazes, palavras de
ordem, além dos nossos cantos de luta que fortalece nossa mistica e
alimentando nossa alma tomamos as ruas do centro de Goiânia.
Nossa
primeira parada foi em frente ao monumento em homenagem aos camaradas
tombados durante a ditadura militar - Ouvimos Pinheiro Salles e Zezinho
do Araguaia que trazendo nos corpos as sequelas assim como as
lembranças dos camaradas tombados naquele período. Mas também a força de
quem não desistiu da luta e que ousam gritar - Por justiça ali em
frente o poder judiciário que atua com uma agilidade incrível na
criminalização da luta popular.
Nossa
marcha seguiu adiante, subimos rumo a praça cívica, passamos triunfante
ao lado do desfile cívico oficial - Tremam autoridades, pois nossa
marcha de gigantes só irá sessar quando triunfarmos, por tanto tremam,
pois os vencidos de hoje serão os vencedores de amanhã, já dizia Bertold
Brechet.
Em
frente ao Palácio do governo do estado denunciamos o descaso com a
política de educação, saúde e moradia. Fizemos o
enterro simbólico dessas políticas do governo, pois as mesmas não
atendem as necessidades do povo. Continuaremos na luta contra a
privatização da saúde, contra o sucateamento da educação e por moradia
digna a todas e todos.
Sob
o sol escaldante do nosso querido cerrado goiano descemos a avenida
Goiás, paramos em frente ao grande hotel, para protestarmos contra a
falta de espaços culturais para os artistas populares de Goiânia, ao
contrario, os espaços existentes a exemplo do chorinho estão sendo
fechados.
Chegamos
então na praça do bandeirante. Anhanguera - Genocida dos
povos indígenas, usurpador de terras e de riquezas - Eis ai o simbolo da
elite goiana, um criminoso. Gritamos contra a criminalização da pobreza
e dos movimentos populares, um grito tão emocionante e indignado como o
da mãe que perdera o filho devido a violência de uma policia fascista a
serviço de um estado fascista. Gritamos também por reforma agrária -
Sim ela virá, mais do que nunca na lei ou na marra!
Por
fim escrevemos em um grande tecido, nossos sonhos, que nada mais é de
que as lutas que fazemos no dia a dia pela construção de uma nova
sociedade. Dom Tomas Balduíno a voz da resistência encerrou dizendo a
luta há de continuar sempre enquanto houver excluídas e excluídos -
Ouviu -se então viva a luta pelo socialismo!
Sim,
assim foi o nosso grito - Queremos e lutaremos por Educação, Saúde,
Moradia Digna, Reforma Agrária e o fim da criminalização da pobreza e
dos movimentos populares. Queremos muito? Não, apenas um estado a
serviço da nação que garanta direito a toda a população. Por tanto
gritaremos hoje, amanhã e sempre. Enquanto for necessário, enquanto
houver opressão!
"Se o presente é de luta, o futuro nos pertence." Che Guevara
*Pedro Ferreira - Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista
- Mais fotos no link: Grito dos Excluídos 2012 em Goiânia
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