sábado, 8 de setembro de 2012

Grito dos Excluídos 2012 em Goiânia

Vejam como foi o Grito em Goiânia com a redação de Pedro Ferreira Educador da Recid Goiás.


Ao contrário de milhares de brasileiros que resolveram relaxar no feriado prolongado ou de outros tantos que foram ver o desfile oficial,  militantes dos movimentos populares, pastorais sociais entre outras organizações da classe trabalhadora brasileira saíram as ruas para protestar e lutar contra essa realidade cada dia mais cruel que usurpa os direitos da classe trabalhadora e criminaliza a luta do movimento popular.

Em Goiânia logo cedo milhares de militantes populares se concentraram em frente a assembleia legislativa de Goiás, onde com uma grande ciranda iniciamos o nosso ato. Com bandeiras, faixas, cartazes, palavras de ordem, além dos nossos cantos de luta que fortalece nossa mistica e alimentando nossa alma tomamos as ruas do centro de Goiânia.

Nossa primeira parada foi em frente ao monumento em homenagem aos camaradas tombados durante a ditadura militar - Ouvimos Pinheiro Salles e Zezinho do Araguaia  que trazendo nos corpos as sequelas assim como as lembranças dos camaradas tombados naquele período. Mas também a força de quem não desistiu da luta e que ousam gritar - Por justiça ali em frente o poder judiciário que atua com uma agilidade incrível na criminalização da luta popular.

Nossa marcha seguiu adiante, subimos rumo a praça cívica, passamos triunfante ao lado do desfile cívico oficial - Tremam autoridades, pois nossa marcha de gigantes só irá sessar quando triunfarmos, por tanto tremam, pois os vencidos de hoje serão os vencedores de amanhã, já dizia Bertold Brechet.

Em frente ao Palácio do governo do estado denunciamos o descaso com a política de educação, saúde e moradia. Fizemos o enterro simbólico dessas políticas do governo, pois as mesmas não atendem as necessidades do povo. Continuaremos na luta contra a privatização da saúde, contra o sucateamento da educação e por moradia digna a todas e todos.

Sob o sol escaldante do nosso querido cerrado goiano descemos a avenida Goiás, paramos em frente ao grande hotel, para protestarmos contra a falta de espaços culturais para os artistas populares de Goiânia, ao contrario, os espaços existentes a exemplo do chorinho estão sendo fechados.

Chegamos então na praça do bandeirante. Anhanguera - Genocida dos povos indígenas, usurpador de terras e de riquezas - Eis ai o simbolo da elite goiana, um criminoso. Gritamos contra a criminalização da pobreza e dos movimentos populares, um grito tão emocionante e indignado como o da mãe que perdera o filho devido a violência de uma policia fascista a serviço de um estado fascista. Gritamos também por reforma agrária - Sim ela virá, mais do que nunca na lei ou na marra! 

Por fim escrevemos em um grande tecido, nossos sonhos, que nada mais é de que as lutas que fazemos no dia a dia pela construção de uma nova sociedade. Dom Tomas Balduíno a voz da resistência encerrou dizendo a luta há de continuar sempre enquanto houver excluídas e excluídos - Ouviu -se então viva a luta pelo socialismo!

Sim, assim foi o nosso grito - Queremos e lutaremos por Educação, Saúde, Moradia Digna, Reforma Agrária e o fim da criminalização da pobreza e dos movimentos populares. Queremos muito? Não, apenas um estado a serviço da nação que garanta direito a toda a população. Por tanto gritaremos hoje, amanhã e sempre. Enquanto for necessário, enquanto houver opressão!

"Se o presente é de luta, o futuro nos pertence." Che Guevara

*Pedro Ferreira - Educador Popular e militante do Bloco de Resistência Socialista

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