terça-feira, 25 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES



Segundo o jornal O Tempo, eram 60 mil pessoas. A defesa do Mineirão, onde jogavam Japão e México, ficou por conta da Força Nacional. A Copa das Confederações, como se sabe, é um evento FIFA-Globo. Ou seja, a Globo vai dizer que eram vândalos.
                                  A imagem abaixo não vai sair na Globo:

FONTE: http://www.viomundo.com.br/politica/em-minas-a-faixa-que-nao-vai-sair-na-globo.html

GLOBO E OS PROTESTOS




QUAL É A SUA OPINIÃO??


O POVO PAULISTANO QUER CONTINUAR COM OS PROTESTOS

DE SÃO PAULO 
País em protesto Dois a cada três paulistanos acham que os protestos nas ruas devem continuar, apesar de as tarifas de transporte em São Paulo --a razão para o início das manifestações-- terem sido reduzidas. 
A conclusão é de pesquisa Datafolha feita anteontem na cidade de São Paulo. O instituto fez 606 entrevistas, com margem de erro de quatro pontos percentuais para cima ou para baixo. 
São 66% a favor da continuidade dos protestos e 34% contra, revela a pesquisa. 

Editoria de arte/Folhapress
O apoio está entre os mais escolarizados, aqueles com renda mensal de cinco a dez salários mínimos e entre os mais ricos. Contra estão principalmente os mais velhos e os que têm renda até dois salários mínimos. 
As reivindicações futuras devem ser a melhoria da saúde, segundo 40%; outros 20% dizem que a educação deveria ser o alvo. 
A tarifa de ônibus, trem e metrô caiu de R$ 3,20 para R$ 3 na quarta, por decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT), pressionados pelos protestos. 
Outra questão corrobora o apoio do paulistano às manifestações. Para 65%, elas trazem mais benefícios pessoais do que prejuízos. Na terça, antes de a tarifa ter sido reduzida, esse índice era de 51%. 
Quando a pergunta aborda o benefício para os paulistanos em geral, os resultados são semelhantes. 
Cenário mais comum dos protestos, a avenida Paulista deveria continuar a ser usada como tal, de acordo com 72% dos entrevistados. A maioria, 88%, é contra a invasão de prédios públicos. 
ATUAÇÃO DA PM 
Em relação à atuação da Polícia Militar, o índice de anteontem foi semelhante aos verificados antes dos confrontos mais violentos com manifestantes, no dia 13. 
Na ocasião, 105 manifestantes ficaram feridos, segundo organizadores do protesto. Policiais militares e jornalistas também se feriram. 
Para 30% dos paulistanos, a PM é vista como nada eficiente na prevenção de crimes; antes do confronto, eram 27%. Na terça-feira passada, pós-confrontos do dia 13, esse índice atingiu 37%. 
O mesmo fenômeno se deu com as opiniões sobre a violência nas ações da Polícia Militar: 43% entendem que a corporação é mais violenta do que deveria. Na terça, o número dos que tinham essa opinião era maior, 51%. 
Depois dos episódios registrados no dia 13, a Polícia Militar deixou de usar balas de borracha e decidiu interferir nas manifestações de rua só em último caso. 

FONTE: Editoria de arte/Folhapress

sábado, 22 de junho de 2013

COMENTÁRIO DE BRUNA VALANDRO SOBRE A DILMA

"1) PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO VETA EMENDA CONSTITUCIONAL. Sendo assim, não é para a Dilma que vocês têm que pedir a não aprovação da PEC 37 (ah, para quem não sabe, PEC significa Proposta de Emenda Constitucional), mas, sim, ao Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal).

2) PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEM O PODER DE DETERMINAR A PRISÃO DE NINGUÉM (ainda bem, né?!). Por esse motivo, caso vocês queiram ver os mensaleiros na cadeia, terão que pedir isso ao idolatrado Ministro Joaquim Barbosa, pois é o Poder Judiciário (no caso dos mensaleiros, o STF) que tem competência para fazê-lo.

3) NÃO É O PRESIDENTE DA REPÚBLICA QUE ELEGE O PRESIDENTE DO SENADO. É o próprio Senado que escolhe o seu presidente. Assim, a Dilma não pode chegar lá no Senado e gritar: "Fora, Renan Calheiros".

4) TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL É DA COMPETÊNCIA (ADIVINHEM!) DOS MUNICÍPIOS. Então, a pessoa mais indicada para resolver esse problema, a princípio, é o prefeito de cada cidade, e não a Dilma.

5) TAMBÉM NÃO É ATRIBUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA INSTAURAR CPI. Quem instaura CPI é o Poder Legislativo (no âmbito federal, a Câmara dos Deputados e/ou o Senado Federal)."

Sempre têm que culpar alguém, né?

Antes de espalhar abaixo-assinado por um impeachment da Dilma por aí, SAIBAM o que ele realmente significa para o país.

Algumas notícias "comprovam" a aproximação de um golpe de estado. Ainda bem que sou otimista o bastante para não me "preocupar". Mas, se não fosse, estaria escondido num cantinho só esperando. Se continuar assim, que estejamos preparados...
Bruna Valandro

terça-feira, 18 de junho de 2013

REALIDADE E CONFLITOS NO CAMPO GOIÁS 2012




MOÇÃO DE REPÚDIO




FÓRUM ESTADUAL PELA REFORMA AGRÁRIA E JUSTIÇA NO CAMPO DE GOIÁS
CPT - MST - MLST - FETRAF - FETAEG - TERRA-LIVRE- MVTC – MPA- MMC – MBTR  FORUM DE ECONOMIA SOLIDÁRIA – CUT – CONLUTAS – TM/PT-MCP - ANDES- FORUM DO GRITO DOS EXCLUÍDOS - DCE/UFG – SINTESEP – SINDISAUDE - SINDIAGRI

Nota de Repúdio:                     
 Goiânia, 10 de junho de 2013.
Governo de Goiás manda polícia expulsar famílias acampadas
O governo do estado de Goiás mandou a polícia despejar as famílias que acampavam próximo a uma fazenda de propriedade do Estado. A polícia não cumpria liminar, portanto, o despejo foi ilegal. O grupo de famílias havia montado o acampamento dia 20/05 nas margens da GO154, estrada de terra que liga a cidade de Araçu-Go ao distrito de Ordália, município de Itauçu-Go. 
  O movimento Terra Livre decidiu montar o acampamento com objetivo de chamar a atenção da população sobre a venda da fazenda do Estado, em leilão previsto para acontecer no mês de junho, que leiloará diversas áreas urbanas e rurais de propriedade do Estado. Logo no primeiro dia em que as famílias montaram o acampamento a polícia compareceu fazendo pressões para as famílias deixarem o local, mas elas recusaram em sair do espaço, que é público e não atrapalhavam o tráfego.
Foi distribuída pelo Movimento, uma carta à população denunciando a venda da fazenda Córrego Rica, conhecida na região como fazenda do Estado, que tem área de 730 ha. O movimento reivindicava que a fazenda fosse retirada do leilão, que está previsto para ocorrer dia 17/06 do corrente ano, e seja destinada para reforma agrária. 
Durante o período em que as famílias permaneceram no acampamento, o comando da polícia da região colocou duas viaturas para ficar vigiando o acampamento permanentemente, monitorando todos os passos da direção do movimento. Na terça-feira a noite, por volta das 22:00h, foram ao acampamento mais cinco viaturas, entre elas duas caminhonetes e uma viatura da Rotam, com mais de 20 polícias.  As famílias ficaram apreensivas, pois imaginaram que o despejo ocorreria naquele exato momento. Após intenso diálogo entre a direção do movimento e o capitão que estava no comando a desocupação foi postergada.
    No dia seguinte, por volta das 19:00h, o mesmo contingente de policiais  retornou sobre o comando de um Coronel que deu ordem para as famílias se retirarem, urgentemente, caso se recusassem seriam retirados a força, foram logo derrubando os barracos,  não deram chance, não permitiram que  as famílias recolhessem todos os seus pertences, as mesmas tentaram ainda  negociar para sair no dia  seguinte, logo pela manhã, pois não tinha transporte suficiente para levar todos os seus pertences, o que não foi permitido.
A polícia se aproveitou de um momento em que o acampamento estava com um número pequeno de famílias, pois um grupo havia saído para comprar comida e outro ainda não tinha retornado do trabalho.
 Para o Fórum de Reforma Agrária e Justiça no Campo de Goiás é um absurdo em pleno estado de direito trabalhadores/as que lutam por seus direitos são criminalizados, sendo que não ocupavam uma propriedade privada e sim margem de uma rodovia pública e não estavam incomodando ninguém. Esta ação demonstra o viés autoritário do governador e seu vínculo com os latifundiários. Outro fator determinante é que o governo pretende manter o leilão da fazenda, temendo que a mobilização dos acampados viesse prejudicar a realização do leilão, pois os futuros compradores poderiam se recusar a ofertar preços. Assim, expulsou as famílias de perto da fazenda porque pretende vende-la, para um rico fazendeiro, ao invés de fazer um assentamento de reforma agrária.
O Fórum de Reforma Agrária solicita ao INCRA que realize vistoria agronômica no imóvel para verificar sua improdutividade. O Movimento Terra Livre não deverá recuar e continuará na luta para que a fazenda seja destinada para reforma agrária. Distribuir terra a trabalhadores/as, sobretudo devoluta, é obrigação de qualquer Estado que tem como princípio a superação das desigualdades sócio-econômicas, resultantes de um modelo de desenvolvimento que determina o que o governo deve fazer para que ele se perpetue. Para tanto, o governo do Estado de Goiás se utiliza de todos os mecanismos para atender os usurpadores do Estado, inclusive as forças institucionalizadas de repressão, mais uma vez, como historicamente acontece no campo e também na cidade, como se percebe nas últimas manifestações públicas na capital do Estado.

É preciso continuar a luta, mesmo tendo a certeza de que não estamos em um Estado democrático da federação.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

VIVA REINALDO CARCANHOLO



São Mateus, 31 de maio de 2013.

Prezados familiares de Reinaldo Carcanholo!

Nesse momento de dor e tristeza, em que, consternados, nos deparamos com a notícia da perda do Reinaldo, é difícil pronunciar palavras. No entanto, queremos, entre um nó na garganta e lágrimas no coração, expressar por intermédio desta carta, nosso sentimento de solidariedade e compromisso.
A relação e contribuição do Professor Reinaldo com o MST, já se prolonga por mais de duas décadas. Talvez um dos primeiros professores da UFES a ministrar aulas no Centro de Formação do MST/ES. E por conseqüência, um dos primeiros a integrar o quadro de professores do MST Nacional e posteriormente junto à Escola Nacional Florestan Fernandes.
Nesse percurso, nos abriu portas na UFES encampando (contra os reacionários) o primeiro curso de Pós Graduação em Economia Política e Desenvolvimento Agrário para formadores e dirigentes de Movimentos Sociais do Brasil, que atualmente encontra-se na sua terceira edição.
Nos processos formativos, sempre que convidado, independente do local, nunca recebemos um não e, mais que isso, nunca impôs condições ou fez alguma exigência para sua participação. Dizia: “Para o MST eu sempre tenho agenda”!        
Falar, portanto, do Professor Reinaldo é acima de tudo, recordar da sua vida de intelectual comprometido, de educador e de militante das transformações sociais. Vida na qual a teoria e a prática se entrecruzam, transformando-o em um homem de ação e de pensamento.
Lega-nos o exemplo de estudioso rigoroso do Marxismo, sem ser dogmático. Ao estudar os clássicos tinha em mente, a necessidade de interpretar os dilemas da realidade atual para nela atuar de forma revolucionária. Um combatente nas trincheiras dentro e fora da Universidade para defender a importância da teoria crítica como arma e ferramenta de luta para os Movimentos Sociais.
Lega-nos o exemplo da solidariedade, do amigo que sempre foi em todas as horas que nos brindou com sua companhia. Sua simplicidade contagiava a todos e, convocava para seguir na mesma trilha do estudo e da luta. Homem de caráter, de alegria cativante, que, apesar das agruras da vida, inclusive do exílio, não perdeu a ternura e a capacidade de amar a família, os trabalhadores, o Brasil, que desejava livre, soberano e independente.
Lega-nos uma valiosa obra em seus trabalhos escritos, em suas palestras e intervenções teóricas. Mas, acima de tudo nos lega a sua própria vida, através do amor que dedicou a ela, do sentido que deu a ela até o último momento. Diante da gravidade da situação de saúde que o abateu, encarou essa condição, em pé!
Por isso, apesar da sua ausência física, Reinaldo não nos deixa. Permanece entre nós, nos instigando ao estudo, à vivência dos novos valores, acompanhando nossos passos na luta pela justiça e pelo socialismo.
Continua a nos dar o exemplo de um verdadeiro Marxista, nos ensinando que a revolução socialista é o horizonte da classe trabalhadora, bandeira com a qual continuamos comprometidos. Esta causa – da emancipação humana – com certeza o manterá vivo e presente em nossas salas de aula, em nossas bibliotecas, em nossos cursos de formação, em nossas reflexões e elaborações teóricas, em nossas lutas, em nossos espaços de confraternização e diálogos.
O MST, os Movimentos Sociais, a UFES, todos perdemos um grande intelectual; perdemos um pensador comprometido com os “de baixo”; perdemos um educador exemplar; perdemos um grande amigo!
Queridos familiares, esposa e filhos! Recebam da família do MST, a solidariedade, o reconhecimento e o significado deste GRANDE HOMEM junto a nós e para as lutas do povo.
Recebam o nosso abraço de carinho e amizade. Tenham a certeza de que continuaremos seguindo seus ensinamentos, seu exemplo e sua esperança num futuro melhor para os trabalhadores deste país e do mundo. VIVA REINALDO CARCANHOLO!
Um abraço socialista!

Adelar João Pizetta - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra!

TERRITÓRIO DOS PESCADORES E PESCADORAS

Fonte: http://www.peloterritoriopesqueiro.blogspot.com.br/