O dia do estudante 11 de agosto é
um momento importante para discutirmos a realidade da educação brasileira, não
devemos apenas homenagear os estudantes sem trazer em debate os problemas que a
educação enfrenta hoje. A juventude vem expressando suas angustias indo as ruas
para reivindicar sua insatisfação com as políticas públicas que infelizmente
ainda não passa de uma utopia, não sai do papel, preso na burocracia do estado.
Os governantes devem respeitar a sociedade e cumprir com os direitos das
pessoas garantidos por Lei na Constituição brasileira.
O Brasil ocupa o 53º lugar em
educação entre os países avaliados. Segundo o IBGE, temos ainda 731 mil
crianças fora da escola, uma realidade vergonhosa para um país com um
desenvolvimento sócio econômico visto como positivo. A educação no Brasil está
a 100 anos de atraso em relação ao Uruguai onde as políticas educacionais são
prioritárias na perspectiva que as demais políticas de desenvolvimento do país
dependem primeiramente da educação.
Após 400 anos de Brasil surge a
educação rural movido pela migração campo cidade, onde apontaram como um
problema no cenário da época. Bem, conter essa migração era prioridade durante
o Estado Novo, porém, a educação rural que nunca foi oferecida com qualidade.
Hoje, essa educação que não era a esperada, se encontra em situação precário mais
ainda, levando a juventude a abandonarem o campo gerando grandes problemas como,
por exemplo, a sucessão na unidade produtiva da agricultura familiar, 40% das
pequenas propriedades camponesas no Sul do Brasil não terá sucessor nos
próximos anos. No último censo, mostra que apenas 8 milhões de jovens estão no
campo, sendo 50% estão no nordeste, consequência da falta de política definida
e especifica ao campo. “Não podemos calar por que as pedras gritarão”, o estado
não vai sensibilizar por si só, temos que provocar todas as esferas políticas
responsáveis em garantir a vida com dignidade para todos.
A educação é um direito do povo e
dever do estado, fundamental para a formação social, profissional e cultural.
Portanto, tanto o campo como a cidade precisa de políticas públicas que
considere um projeto de desenvolvimento sustentável que seja antagônico ao
modelo do desenvolvimento do latifúndio e do agronegócio. Aos estudantes e
sociedade organizada, são vários os desafios na construção de uma educação
necessária para o Brasil. Mobilizar, organizar e lutar para romper esse sistema
educacional neoliberalista e imperialista que atrofia os processos de
transformação social dos aspectos sociopolítico, cultural e econômico no
Brasil.
Educador Popular: Josivaldo Moreira de Carvalho.
Referência Bibliográfica: SDE2013
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