Greve dos professores da rede pública do DF fecha 649 escolas
Mais de 540 mil alunos estão sem aula, segundo sindicato da categoria.
GDF diz que não ter recursos para atender reivindicações dos professores.
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Em entrevista ao G1, a diretora do sindicato, Roselene Correa, informou que a categoria entregou no início do governo Agnelo uma pauta extensa de reivindicações.
"O que nos levou à greve é um acordo de abril do ano passado que não foi cumprido, principalmente em dois itens: plano de saúde e reestruturação do plano de carreira. Isso passa pela recuperação salarial. Queremos a isonomia com demais categorias do serviço público no DF de nível superior. A negociação é que vai definir os índices de reajuste", ressaltou.
Segundo o sindicato, as 649 escolas públicas do DF vão permanecer fechadas até, pelo menos, 20 de março, quando será realizada uma nova assembleia.
A Secretaria de Educação afirma que o governo está impossibilitado de atender todas as reivindicações dos professores em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os gastos do DF estariam quase no limite do que permite a lei, segundo o GDF.
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Na semana passada, quando os professores decidiram em assembleia
decretar greve, o governador Agnelo Queiroz enfatizou que o governo não
tem como dar aumento para nenhuma categoria do governo este ano, devido à
LRF. Agnelo destacou que o segmentou foi o que recebeu maior reajuste
na atual gestão."Como explicar para a população que vai suspender um serviço essencial uma categoria que recebeu 14% de reajuste, o dobro da inflação, e com piso três vezes maior que o nacional?", indagou Agnelo Queiroz.
O secretário de Educação, Denílson da Costa, enfatizou que mais de 90% dos pedidos de negociação, que começaram ano passado, já foram atendidas.
“Reestruturar carreira não é somente reajustar salário, tem mais coisas importantes e isso já vem sendo feito. A comunidade é que mais precisa de aula, por isso pedimos sensibilidade dos professores, uma vez que a greve interrompe o processo de diálogo”, disse o secretário.
De acordo com Roselene Correa, a categoria tem disposição para a negociação. “Somos a categoria de nível superior com o menor salário, nosso pleito e o compromisso do governo é que ao final de 2014 nós teríamos uma isonomia com as demais categorias. Estamos cobrando que se cumpra o que foi prometido. Está nas mãos do governo a duração dessa greve”, disse.
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